O Mosteiro de Tibães inaugurou esta terça-feira, a exposição ‘O Legado de André Soares’, uma exposição comissariada por Eduardo Pires de Oliveira e por Paulo Oliveira, que é o último momento das Comemorações Centenárias de André Soares.
Esta iniciativa promovida pelo Município de Braga visa assinalar o terceiro centenário do seu nascimento (1720-2020), bem como os 250 anos da sua morte (1769- 2019) com a relevância que está personalidade exige no âmbito da história e identidade da cidade de Braga.
Para Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, “a salvaguarda da memória é uma das mais elevadas formas de se projectar o futuro da comunidade e manifestar o agradecimento a todos os que contribuíram de forma exemplar para o desenvolvimento da sua terra. Nesse sentido assinalamos para memória futura este tributo ao trabalho de André Soares” referiu o autarca durante a inauguração, acrescentando que esta é “uma forma de os bracarenses poderem revisitar e homenagear o legado deste insigne arquitecto bracarense”.
Segundo Ricardo Rio, actividades como esta exposição, num local tão simbólico o Mosteiro de Tibães, “mobilizam a comunidade para a melhor compreensão da memória e da identidade Bracarense, promovem uma compreensão alargada sobre a vida e obra de André Soares e sensibilizam os educadores para a importância da valorização e divulgação da obra deste arquitecto”, concluiu.
Esta exposição incide sobre o legado de André Soares, procurando evidenciar a influência estética que o arquitecto bracarense teve sobre um conjunto de “mestres criadores” setecentistas que riscaram e executaram diversas obras por toda a antiga província de Entre Douro e Minho.
Esta exposição constitui um contributo assinalável para a inventariação do rococó do Norte de Portugal, ainda que nesta exposição estejam sobretudo obras localizadas geograficamente mais próximas de Braga, um dos principais polos difusores deste estilo artístico. Com esta exposição procura-se revelar também as diversas obras de “excelente qualidade” que existem por toda a região do Minho.
Foi efectuada uma recolha fotográfica, pelo fotógrafo Alberto Fernandes, em quinze concelhos do Norte de Portugal, maioritariamente no Minho, nos concelhos envolventes de Braga, mas que se alarga de Caminha a Lamego, indo até ao município de A Guarda, em Pontevedra, na Galiza.
As fotografias destacam 37 elementos patrimoniais, uma pequena selecção que procura evidenciar a qualidade das diversas expressões do Rococó, um estilo que gozava de grande aceitação popular.
A exposição, patente atá 27 de Fevereiro, inclui também quatro estatutos de irmandades e confrarias bracarenses, gentilmente cedidas, que possibilitarão verificar a beleza das suas portadas, três das quais desenhadas por Carlos Amarante.