Os motoristas de matérias perigosas voltam à greve, pela terceira vez, entre os dias 7 e 22 de Setembro, mas agora só aos fins-de-semana e trabalho extraordinário. Patrões e motoristas divergem em 50 euros.
Francisco São Bento, presidente do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP, anunciou esta quarta-feira, em conferência de imprensa, uma “greve geral dos motoristas” ao trabalho suplementar: horas extraordinárias, fins-de-semana e feriados.
Em causa está o aumento do subsídio de operação dos motoristas de matérias perigosas que está definido em 125 euros. O sindicato não aceita, no entanto, partir para o processo de mediação oficial com a Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) se esse valor não ficar definido à partida nos 175 euros.
O sindicalista avançou que a greve “abrange todos os trabalhadores”, independentemente do vínculo que possam ter com a empresa. De acordo o presidente do SNMMP, Francisco São Bento, já foi entregue o pré-aviso de greve.
Este anúncio de pré-aviso de greve surge após uma reunião na terça-feira entre o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Governo no Ministério das Infraestruturas e Habitação, em Lisboa, que terminou sem acordo.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adoptar medidas excepcionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no passado domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.
O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias desvinculou-se da greve ao quarto dia, na quinta-feira à noite, e vai regressar às negociações com o patronato em 12 de Setembro.