O movimento cívico ‘Braga para Todos’ quer que Câmara organize o primeiro S. João Vegano nas próximas Festas S. Joaninas. O movimento pediu já uma reunião com Ricardo Rio, presidente do município.
“Temos uma proposta que já existe em outras cidades, como Porto e Lisboa, um arraial vegano. Agora vamos ver se a câmara de Braga ajuda e apoia, caso não aconteça iremos trabalhar de forma a tornar este desejo real, mas será mais uma desilusão verificar que este executivo não consegue nem tem vontade de criar uma cidade para todos”, afirmou Elsa Fernandes, este domingo, na Junta de Freguesia de S. Victor, durante a palestra ‘Braga para (Todos) os animais’.
O veganismo é um movimento pelos direitos dos animais, sendo, por razões éticas contra a exploração dos animais. Veganos fazem uso da dieta vegetariana estrita, ou seja, excluem, da sua alimentação, carnes e enchidos, banha, vísceras, músculos, gelatina, peles, cartilagens, lacticínios, ovos e ovas, insectos, mel e derivados, frutos do mar e quaisquer alimentos de origem animal. Consomem basicamente cereais, frutas, legumes, vegetais, hortaliças e cogumelos e qualquer produto, inclusive industrializados, que não contenha ingredientes que dependam de uso animal na sua produção.
AUTARQUIA FALHA
“Faz muita falta em Braga pessoas que saiam dos sofás e das redes sociais e se coloquem fisicamente a debater temas que envolvem o outro, o que não tem voz. O debate é primordial para a democracia e todos os cidadãos devem exercê-lo. Nós existimos, porque há falhas na acção deste executivo em demasiadas temáticas, porque a oposição não se expressa, não está próxima das pessoas e isso traduz-se na abstenção, no descrédito que há nos políticos, que são pessoas como nós”, Elsa Fernandes, porta-voz do movimento cívico.
“Temos que lutar contra esse estigma anti-política e mostrar que há outras alternativas, das quais todos podem fazer parte, o nosso movimento prende-se pelo construtivismo, progressismo e inclusão, e acredito que o facto de termos uma visão integrada faz com que as pessoas se identifiquem com a nossa forma de agir, sem máscaras e com base nas causas que vestimos todos os dias”, vincou.
Falado para mais de meia centena de participantes, a porta-voz do movimento mostrou-se “surpreendida” com a adesão às iniciativas que organizam: “ o movimento tem a certeza de estar no caminho certo para alertar, consciencializar e educar uma sociedade que tem que respeitar o outro”.
Fernando Gualtieri (CP 1200)