A revista Time escolheu destacar o movimento #MeToo enquanto ‘Personalidade do Ano’.
Na capa tradicionalmente dedicada à pessoa que que mais influente do ano, para o bem ou para o mal, surgem este ano cinco mulheres.
A actriz Ashley Judd, Susan Fowler, Adama Iwu, a cantora Taylor Swift e Isabel Pascual confessaram este ano terem sido vítimas de assédio sexual, levando a que muitos outros partilhassem histórias semelhantes.
Estas ‘Silence Breakers’ (quebradoras do silêncio) representam as milhares de pessoas, mulheres mas também homens, que também denunciaram casos de assédio sexual nas redes sociais, através do movimento espontâneo #MeToo (#EuTambém).
Um “acto de coragem” que a revista Time aplaude desta forma, disse o editor da Time Edward Felsenthal ao programa ‘Today’ da NBC.
É frequente aquela publicação de referência conceder a honra da distinção anual a uma entidade que não tem uma organização centralizada – e não a uma individualidade.
Em 2011, o eleito foi o ‘manifestante’ – em referência a diversos movimentos com origens e motivações variadas, que pretendeu homenagear os participantes na Primavera Árabe, os Indignados (Espanha) e o movimento Occupy (Estados Unidos).
Os revoltosos húngaros contra a invasão soviética de Budapeste, o soldado americano e a classe média dos Estados Unidos já haviam sido eleitos personalidades do ano pela revista nas décadas dos anos 1950 e 60.
FG (CP 1200) com TSF e Jornal Económico