A task force que coordena a vacinação contra a covid-19 em Portugal esclarece esta sexta-feira, em comunicado enviado às redacções, que “não existe qualquer alteração ao estabelecido no plano em vigor”.
O esclarecimento do coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo, surge depois de o semanário Expresso ter noticiado que a vacinação das forças de segurança e bombeiros vai deixar de liderar as prioridades devido à escassez de vacinas, sendo reforçada a administração a pessoas com 80 ou mais anos e entre os 50 e os 79 anos com doenças crónicas.
Facto que desagradou, desde logo, aos sindicatos da GNR e da PSP. O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) admitiu mesmo apresentar uma providência cautelar.
No comunicado, o coordenador da task force clarifica que o plano de vacinação define, dentro da presente fase (a primeira), dois grupos prioritários em função de dois propósitos.
O primeiro, salvar vidas. E nele estão incluídos “cidadãos mais vulneráveis em contexto de pandemia, com idade superior a 50 anos e morbilidades associadas e com idade superior a 80 anos”.
O segundo: “Conferir resiliência à resposta do Estado, começando pelo sector da saúde e progressivamente alargando a outros sectores críticos e essenciais (nomeadamente Forças Armadas, Forças de Segurança e Bombeiros)”.
Assim, e tendo em conta as actuais limitações conhecidas na disponibilidade global de vacinas, “a administração das mesmas a estes dois grupos tem sido efectuada à razão de 90% das vacinas disponíveis para cidadãos do primeiro grupo (“salvar vidas”) e 10% para o segundo grupo (‘resiliência do Estado em período de pandemia’)”, argumenta a task force.
A vacinação contra a covid-19 iniciou-se a 27 de Dezembro. Até ao momento, de acordo com os dados do Governo, foram administradas mais de 618 mil vacinas. Quase 230 mil já estão imunizados.