O cidadão turco nacionalizado português, de 60 anos, suspeito de liderar uma rede que recrutava mulheres portuguesas, no Porto e em Braga, para casamentos falsos na Turquia, ficou ontem em prisão preventiva, por decisão do juiz do Tribunal de Braga.
Os outros três arguidos ficam com apresentações bissemanais nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na sua área de residência.
A rede agora desmantelada, com ligações internacionais, dedicava-se a promover casamentos de conveniência entre noivas que recrutava em Portugal e cidadãos nacionais de países terceiros que conseguiam assim ludibriar as autoridades entrando e permanecendo em solo europeu de forma aparentemente legal.
Recorde-se que a operação Zebra resultou também na detenção de quatro mulheres, com idades entre os 20 e 30 anos, que aceitaram casar com estrangeiros a troco de dinheiro. De acordo com o SEF, estas ‘noives de conveniência”, ou ‘noivas de aluguer’ como também são conhecidas, viviam com grandes dificuldades económicas, tornando-se alvo fácil do esquema, que as recrutava em bairros sociais de Braga e do Grande Porto.
Na operação foram ainda apreendidos bilhetes de avião, passaportes e transferências internacionais de dinheiro, considerados como “prova documental dos crimes praticados pelos agora arguidos”.