Segundo o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira, nas últimas 24 horas morreram três pessoas e foram confirmados mais 346 casos de covid-19 (um aumento de 0,94% em relação a domingo). Dos novos infectados 19 são do Norte e 300 têm residência na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Apenas 46 dos 346 casos do último dia não residem na zona da Grande Lisboa e estão distribuídos pelo Norte (mais 19 infectados), pelo Centro (18), pelo Alentejo (cinco) e pelo Algarve (quatro). Açores e Madeira não revelam nenhuma alteração à sua situação epidemiológica
No total, desde que a pandemia começou registaram-se 37.036 infectados, 22.852 recuperados (mais 183) e 1520 vítimas mortais no país.
Ou seja, há, neste momento, 12.664 doentes portugueses activos a ser acompanhados pelas autoridades de saúde.
Esta segunda-feira, estão internados 431 doentes (menos 12), sendo que destes 73 encontram-se nos cuidados intensivos (o mesmo valor que domingo).
Quanto aos três óbitos notificados (dois em Lisboa e Vale do Tejo e um no Norte), duas destas pessoas tinham mais de 80 anos. A taxa de letalidade global do país é esta segunda-feira de 4,2%, aumentando para 17,3% no caso das pessoas acima dos 70 anos – as principais vítimas mortais.
O RT (o indicador que mede a quantidade de contágios que cada infectado faz) mantém-se em todo o país abaixo de um, de acordo com os últimos dados disponíveis, relativos a 11 de Junho, comunicados por Marta Temido. Lisboa e Vale do Tejo, estava em 0,97 e a responsável pela pasta da Saúde acredita que se irá manter abaixo de um.
“Considerando a incidência de novos casos por cem mil habitantes, Portugal está em nono lugar. Considerando os [novos] óbitos, Portugal está em décimo lugar e recordo que somos um país particularmente envelhecido”, disse a ministra da Saúde, esta segunda-feira, em conferência de imprensa.
Marta Temido admitiu ainda que o número de novos casos se mantém “como antecipámos” entre os 200 a 300, mas que os serviços de saúde têm tido capacidade para dar resposta e que os números referidos se devem a ao aumento da capacidade de testagem do país – um dos que mais testes realiza.
LISBOA E VALE DO TEJO
Sobre os números na área de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), o primeiro-ministro diz que “estamos sensivelmente estáveis”. “Há mais casos conhecidos, porque há mais testes realizados. Há um melhor conhecimento da situação”, garantiu António Costa.
O governante apontou ainda, à margem da tomada de posse de João Leão como ministro das Finanças, que Portugal é o quarto país da Europa que faz mais testes por milhão de habitantes.
“É preciso saber quantos testes os outros fizeram. Verá que temos das mais baixas taxas de positivos da Europa”, respondeu aos jornalistas.
“Estimamos que casos em LVT comecem a reduzir”, disse, acrescentando que, desde que a situação epidemiológica se mantenha, começará a ser pensado, na próxima semana, o regresso da actividade programada no Serviço Nacional de Saúde.
“Vale a pena recordar que a média semanal [de óbitos] tem vindo a cair. Foi de 5,4% na última semana, 10% na penúltima semana e de 12% na ante-penúltima”, referiu a ministra da Saúde, durante o briefing, no ministério, que a partir desta semana começa a acontecer às segundas, quartas e sextas-feiras, em vez de diariamente, “face à situação epidemiológica”.
Já o boletim da DGS continua a ser publicado todos os dias, por volta da hora almoço.