O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, endereçou esta sexta-feira as condolências à Nova Zelândia pela morte de, pelo menos, 49 pessoas em ataques a duas mesquitas em Christchurch, falando num “ataque gravíssimo” ao estado de direito.
“Já tive oportunidade de enviar ao senhor governador-geral da Nova Zelândia as minhas condolências em nome do povo português, testemunhando a solidariedade perante aquilo que foi um ataque gravíssimo ao estado de direito democrático”, afirmou aos jornalistas à entrada para a conferência ‘A Europa e o Presente’, organizada pelo jornal Público, no Porto.
Além de testemunhar “consternação e a dor”, o chefe de Estado mostrou ainda a sua solidariedade perante este tipo de actos que são “a todos os títulos condenáveis” por parte das democracias e daqueles que defendem a liberdade, o pluralismo e o diálogo nas relações entre os povos.
Pelo menos 49 pessoas morreram esta sexta-feira no ataque a duas mesquitas em Chirstchurch, na Nova Zelândia, disse o comissário Mike Bush da polícia neozelandesa, acrescentando que um suspeito vai ser presente a tribunal.
Os ataques tiveram início às 13h40 (00h40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.
Segundo este responsável, as autoridades desactivaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.
Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.
Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em directo na Internet o momento do ataque.
Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as acções.