A bastonária dos nutricionistas aplaudiu a proibição de venda de salgados e doces nas cafetarias do Serviço Nacional de Saúde, mas defendeu que a medida deve ser alargada aos refeitórios e a todos os espaços do Estado, incluindo escolar
Segundo um despacho publicado em Diário da República, que entra em vigor esta sexta-feira, é proibido a venda de salgados, produtos de charcutaria, bolos, refrigerantes e sandes com molhos nos bares, cafetarias e bufetes das unidades de saúde públicas.
“É uma medida muito positiva” que permite controlar o consumo excessivo de sal, de açúcar e de gordura, disponibilizando alimentos mais saudáveis, disse à agência Lusa a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.
Alexandra Bento lembrou que o primeiro passo para uma oferta alimentar saudável já tinha sido dado com a proibição da venda destes produtos nas máquinas de venda automática nas unidades do SNS.
“O passo seguinte” deveria ser alargar a medida aos refeitórios do Serviço Nacional de Saúde porque, conjuntamente com os bares e as cafetarias, são os lugares que permitem fazer “escolhas alimentares saudáveis”, defendeu a bastonária.
Mas o “passo maior que se espera vir a acontecer” é estender esta proibição a todos os espaços da Função Pública, como as universidades, mas também as escolas, onde já há referenciais, “mas é preciso densificar o trabalho”.
A bastonária está convicta de que “os funcionários e os utentes” das unidades de saúde públicas não vão procurar outros locais para ter os alimentos que lhes vão faltar a partir de sexta-feira. “Acredito que muitos dos utentes e dos profissionais de saúde quando iam aos bares das suas instituições reclamavam por uma oferta alimentar que fosse mais saudável”, sublinhou.
FG (CP 1200)