Pedro Nuno Santos anunciou esta quinta-feira que vai propor à Comissão Nacional do partido a abstenção do Orçamento do Estado (OE) para 2025.
Em declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos admite ser “contra a ideia de um Bloco Central, formal ou informal, e contra acordos de incidência parlamentar entre PS e PSD, a não ser em situações limite e muito excepcionais, em que a própria democracia esteja em causa”.
Pedro Nuno reitera ainda que o partido não vai ser “refém do Chega”, que já anunciou que irá votar contra o OE 2025.
“Na direita ouvimos insultos e ameaças…Numa palavra: irresponsabilidade! Perante um cenário destes, disponibilizámo-nos para (…) evitar uma crise política”, acrescenta, sublinhando que o PS apresentou apenas apenas duas exigências para viabilizar o OE para 2025.
O líder socialista reconhece que, ainda assim, “não foi possível chegar a um acordo entre o PS e o Governo de AD”, mas, por outro lado, não quer contribuir para uma crise política e, como tal, “vai propor à Comissão Nacional a abstenção” do documento.
“Este voto será para a votação na generalidade e para a votação final global”, o que não significa que o PS não vá para a discussão do OE “com toda a liberdade”, visto que “não chegou a acordo” com o Governo.