Oito dos 14 arguidos detidos na megaoperação europeia contra a fraude saíram este sábado em liberdade, após o Ministério Público não ter promovido a adopção de medidas de coação privativas de liberdade no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Fonte ligada ao processo explicou à Lusa que não foi pedida prisão preventiva para estes oito arguidos, uma vez que os riscos associados a estes detidos podiam ser contidos com medidas de coação menos graves e sem privar as pessoas da liberdade.
Em sentido inverso, os restantes seis arguidos permanecem detidos, estando em causa a alegada prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento.
A leitura da decisão do juiz de instrução sobre as medidas de coação dos 14 arguidos está prevista para terça-feira.
A investigação à actividade fraudulenta que deu corpo à Operação Admiral foi coordenada pela Procuradoria Europeia (EPPO, na sigla em inglês) e teve a sua origem em Portugal, onde terá sido responsável por dezenas de milhões de euros de fraude.
A operação policial em território nacional foi executada pela PJ, envolvendo cerca de 250 elementos de diversos departamentos, 35 elementos da Autoridade Tributária, além de um magistrado judicial, um procurador europeu e dois procuradores Europeus Delegados Portugueses.
“Procedeu-se ainda ao arresto judicial de cerca de 50 viaturas, 47 propriedades e cerca de 600 contas bancárias nacionais”, sublinhou a PJ em comunicado, que ressalvou que a operação está centralizada na Directoria do Norte, sendo titulada pela EPPO, em colaboração com a Autoridade Tributária.
As atividades criminosas estendem-se pelos 22 Estados-membros da EPPO, além de Hungria, Irlanda, Suécia e Polónia, juntamente com países terceiros, incluindo Albânia, China, Maurícias, Sérvia, Singapura, Suíça, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos.
Com MadreMedia