Oito mil pessoas são esperadas no próximo fim-de-semana na 16.ª edição da Feira-Mostra de S. Martinho em Terras de Bouro. A apresentação do certame aconteceu, esta manhã, na sede da ATAHCA em Vila Verde, com o Presidente da Câmara a destacar a importância do evento “para divulgação e promoção dos produtos da terra” e para fomentar “o turismo fora da época forte compreendida entre Maio e Setembro”.
Com Roconorte (dia 12) e Johnny Abreu (dia 13) como atracções musicais, durante os três dias haverá lugar ainda para um Festival de Folclore (dia 11), corrida de cavalos (dia 12) e um magusto tradicional (dia 13). 52 expositores ligados ao mundo rural e ao artesanato vão dinamizar a Feira-Mostra que, este ano, tem um investimento que ronda os 17 mil euros.
“Só aceitamos expositores que estivessem ligados à agricultura e ao artesanato porque este é um certame virado para o mundo rural, tal como o do cabrito biológico que é, também, uma das nossas apostas”, referiu o autarca. “Tivemos um ano excelente para o turismo e espero que esta Feira-Mostra valorize o território e traga mais pessoas para Terras de Bouro”.
As belezas naturais integradas no Parque Nacional Peneda-Gerês e o S. Bento da Porta Aberta são os principais catalisadores de atractividade do território, com milhares de pessoas a passarem, todos os anos, pelo concelho.
O presidente da ATAHCA deu este evento como “um dos melhores exemplos de como devem ser as parcerias”, salientando “o papel que a gastronomia tem na Feira Mostra e para a promoção do turismo. A castanha pode dar um contributo muito importante para este aspecto”.
Importância da castanha
O presidente da ATAHCA, Mota Alves, falou do potencial da castanha no território abrangido pela Associação. “É um produto com potencial de crescimento enorme porque tem aceitação no território nacional e muita aceitação nos outros países”, revelou para acrescentar: “temos tido projectos para a requalificação e criação de soutos, sobretudo de jovens agricultores, que podem alavancar novas oportunidades de negócio, nomeadamente, a criação de unidades de transformação”. Dentro de 3-4 anos, é intenção da ATAHCA ter 30/40 hectares de soutos produzindo cerca de duas toneladas de castanhas, o dobro da actualidade, permitindo assim criar a tal unidade de transformação.
A castanha é um produto rentável porque «a mão-de-obra é sazonal e não requer grande trabalho na sua manutenção», e por isso, começa a ser olhada com outros olhos pelos agricultores mais novos. “Há uma start-up na Universidade do Minho que se poderá transformar numa unidade de transformação da castanha”, haja capacidade produtiva para isso. A própria Câmara de Terras de Bouro tem um pavilhão municipal, na Freguesia da Balança, que «cede a título gratuito», para instalar um entreposto para os produtos locais.
P.A.P. (CP 9420)