Polivalente, mais seguro e confortável, com melhores infra-estruturas técnicas e logísticas, mais atractivo, com novas valências, interactivo e energeticamente eficiente e sustentável. Assim será o novo Parque de Exposições de Braga (PEB). O projecto de requalificação prevê um equipamento adaptado às exigências do futuro, pretendendo-se afirmar como espaço de referência para o Norte do país e toda a euro-região.
“Esta intervenção não vai apenas corrigir as lacunas detectadas ao longo dos anos, seja em termos de climatização, sonorização, de funcionalidade, segurança, ordenamento ou versatilidade dos espaços, esta é a afirmação de um novo Parque de Exposições”, sustenta Ricardo Rio, referindo que o espaço será uma “alavanca do desenvolvimento da cidade, transformando-se num verdadeiro polo de dinamização da economia regional”
Orçado em oito milhões de euros, o projecto será objecto de concurso público internacional que deverá ser lançado nas próximas semanas. O Município de Braga espera avançar com as obras em Março de 2017, estimando-se a sua execução num prazo de 10 a 12 meses, o que para o presidente da autarquia “reflecte um princípio inequívoco desta gestão autárquica”.
“O ciclo das obras e dos projectos municipais não se confunde com os ciclos eleitorais, pelo que não iremos condicionar a execução deste, ou de outros projectos, em função do calendário eleitoral que se avizinha”, garante.
O novo PEB representa uma oportunidade única para a regeneração de toda a sua zona envolvente, desde logo pelas “intervenções que serão realizadas no espaço público e que irão viabilizar a articulação com o Parque da Ponte, com o Estádio 1.º de Maio, com a zona das Camélia e com a actual entrada principal do equipamento”.
“Seguramente que a vivência e o contacto que a população tinha até hoje com o PEB será completamente transfigurado”, acrescentou, notando que a requalificação será uma “alavanca para que estes espaços, alguns muito degradados, possam vir a sofrer qualificações e investimentos num futuro próximo”, afirma Rio.
Apesar de ser um projecto “muito ambicioso do ponto de vista financeiro”, comparticipado em cerca de 5.5 milhões de euros pelos Fundos Comunitários, Ricardo Rio diz que “a cidade tem de estar preparada para ser palco de grandes eventos nacionais e internacionais”.
Já para Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, o novo PEB vai “contribuir de forma significativa para o desenvolvimento económico e cultural da região e terá impacto muito relevante no turismo”. “Com este projecto queremos posicionar Braga como destino de turismo de negócios, atrair e acolher os principais eventos nacionais, captar eventos e espectáculos de dimensão internacional e reforçar as infra-estruturas à disposição da cultura e do desporto”, explicou aquele responsável.
Novas valências
A estratégia de intervenção delineada pelo arquitecto Pedro Guimarães, responsável pelo projecto, assenta na recuperação, manutenção e requalificação de estruturas existentes, mas também na transformação do espaço e do edificado, incorporando novas valências e novas funcionalidades.
O PEB terá três áreas distintas e polivalentes: grande nave; centro de congressos; espaços exteriores. Nos espaços exteriores está incluída a criação de uma nova praça, o arranjo de todo o espaço expositivo exterior, com a criação de uma nova portaria, a criação de novas áreas verdes e de lazer e com uma eficaz integração urbana.
O Centro de Congressos terá um conjunto de novas valências, novas acessibilidades, um novo auditório, uma nova sala de congressos modular, sala de exposições polivalente, salas de reuniões, novos bares e zonas de acolhimento e auditório principal renovado. Polivalência e modularidade vão marcar este novo centro de congressos que irá ganhar também todas as condições necessárias em termos de climatização e acústica.
Para a Grande Nave, o projecto prevê a criação de uma galeria, deambulatório superior, aumento da área de exposição, novas áreas de bar e instalações sanitárias, novas áreas de camarins para artistas, novas salas de reuniões para clientes e uma nova teia para suspensão de equipamentos. Além da climatização, tratamento luminotécnico e acústico, a Grande Nave será polivalente e modular, permitindo a utilização parcial do espaço.
O projecto de requalificação inclui, igualmente, espaços complementares como um restaurante/self service, que passará a estar integrado no corpo do edifício, uma cafetaria, bares e espaços para aluguer.