Soares, considerou esta quarta-feira “lamentável e deplorável” a divulgação na televisão de vídeos dos interrogatórios da Operação Marquês.
“O que está a acontecer é para nós absolutamente lamentável e deplorável”, disse adiantando que “não há nenhum juiz que fique confortável com o que está a acontecer”.
A SIC e a CMTV divulgaram vídeos de interrogatórios no âmbito do processo Operação Marquês, tendo na terça-feira o Ministério Público (MP) anunciado a abertura de um inquérito para investigar esta situação.
Manuel Ramos Soares defende que o caso da divulgação das imagens deve ser investigado e que deve haver punição se houver indícios de crime.
“Exigimos que se investigue o que esta a acontecer e se apure responsabilidade para que não se transforme numa regra”, frisou.
Por outro lado, o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses considera que as imagens não demonstram nem a culpabilidade do arguido nem a sua inocência, classificando o caso como “um julgamento mediático ao lado de um processo”, desvirtuando o que é a resposta processual.
“Aquele arguido se chegar a um julgamento como todos os outros terá direito a um tribunal imparcial que irá julgar os factos de acordo com as regras do processo e se tiver cometido um crime será punido e se não tiver cometido será absolvido”, disse.
Os julgamentos, adiantou o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, “fazem-se em tribunal com as regras do processo”.
Embora considerando que a investigação jornalística é importante, Manuel Ramos Soares defende que, mesmo no plano do que é uma investigação jornalística, este assunto foi longe de mais.
FG (CP 1200) com Sapo24