A Ordem dos Médicos pediu esclarecimentos ao Ministério da Administração Interna (MAI) e à Direcção Nacional da PSP para perceber que aconteceu com o elevado número de baixas dos polícias.
Em causa, recorde-se, está a não realização do jogo entre Famalicão e Sporting, agendado para as 18h00 de sábado, por falta de efectivos para garantir o policiamento ao encontro da 20.ª jornada da Liga.
Contactado pela agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, sublinhou que não conhece a situação em concreto e disse que solicitou esclarecimentos para perceber “de que tipo de baixas se trata”.
Para saber “se tem ou não de intervir nesta matéria”, a Ordem dos Médicos precisa de conhecer “os factos: se e houve efectivamente ou não baixa médica e, havendo baixa médica, qual foi o enquadramento dessas baixas”.
Recorde-se que os elementos da PSP e da GNR estão há quase quatro semanas em protestos, exigindo um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária (PJ).
O bastonário da Ordem dos Médicos lembra que tanto a autodeclaração de doença – possível desde o ano passado e que justifica três dias de ausência – ou a baixa médica assentam “num compromisso” da parte de quem está doente, no sentido de “fornecer elementos verdadeiros”. A pessoa doente “tem uma obrigação ética e moral de dizer toda a verdade sobre a sua condição física”, sublinha Carlo Cortes.