Os cuidados de saúde na área da reabilitação em Amares e Póvoa de Lanhoso nunca estiveram em causa e não houve qualquer suspensão de admissão de doentes nas duas unidades de saúde. É assim que o director executivo da ACES Gerês-Cabreira, Nuno Oliveira, reage ao comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que dá “conta da suspensão da admissão de doentes” que o sindicato justifica “pela inércia do Governo/Ministério da Saúde relativamente à abertura de concursos aliado, provavelmente, à inércia de dotar os serviços com estes e outros enfermeiros através de mecanismos de mobilidade, determinou em Amares e Póvoa do Lanhoso a suspensão da admissão de doentes”.
Ora, Nuno Oliveira, desmente que tenha “havido qualquer suspensão efectiva, nem que fosse por uma hora. Todas as camas continuaram a trabalhar porque, devido ao trabalho em rede e a um plano rigoroso e minucioso, foi possível ultrapassar as dificuldades que existiram nessas unidades de saúde não colocando em causa a prestação de serviços”.
O director executivo reconhece que “tanto em Amares como na Póvoa de Lanhoso, os enfermeiros dessa área estão ou estiveram de baixa médica mas conseguimos ultrapassar a questão alocando outros enfermeiros integrantes da ACES nesses locais». Se na Póvoa de Lanhoso, as enfermeiras são regressaram ao trabalho, em Amares, «foi destacado outro enfermeiro que está a prestar o serviço, normalmente, até as outras enfermeiras regressarem ao activo”.
Nuno Oliveira reforça a ideia de que “foi uma situação muito esporádica que não teve qualquer alarme público, os cuidados continuaram a ser prestados, não tivemos qualquer queixa dos utentes e os planos de cuidados individuais foram rigorosamente cumpridos”.
O sindicato no seu comunicado diz que “importa questionar o Governo, Ministério da Saúde, ARS Norte se, de facto, o SNS é uma prioridade e, em particular os Cuidados de Saúde Primários enquanto cuidados de proximidade. Para os doentes que não agora não podem ser admitidos na rede só resta duas alternativas: ou ficam internados num hospital ou ficam sem acesso a cuidados de saúde e de reabilitação”. Uma resposta que chegou agora pela voz do director-executivo.
P.A.P. (CP 9420)