O Auditório da Biblioteca Pública Lúcio Craveiro da Silva apresenta na próxima sexta-feira, às 18h30, o livro ‘14 Cartas ao Papa’, da autoria do padre Mário de Oliveira (padre Mário da Lixa), uma Edição Seda Publicações. A apresentação está a cargo de Filipe Azevedo e a entrada é livre.
O ‘padre Mário da Lixa’, que foi jornalista do Correio do Minho, é presbítero da Igreja do Porto, desde 5 de Agosto de 1962.
No dia 21 de Março de 1973, é preso segunda vez pela Pide, em Caxias e, nesse mesmo dia, o Bispo da Diocese, António Ferreira Gomes, retira-lhe o ofício canónico de pároco de Macieira da Lixa, para o qual havia sido nomeado pelo mesmo Bispo, em Setembro de 1969. Pároco e preso político, era uma situação institucionalmente anómala e incómoda que colidia com a manutenção da Concordata entre o Estado Português de Salazar e o Estado do Vaticano.
Obrigado a ter de escolher entre ou sacrificar o Pároco, ou a Concordata, o Bispo escolhe sacrificar o Pároco. Perante esta pura arbitrariedade do Poder, reage como um menino e faz-se jornalista profissional, no vespertino República (carteira n.º 492), também para, desse modo, poder ser Presbítero de graça (“dai de graça o que de graça recebestes”, diz Jesus). Hoje, já na realizada condição de jornalista reformado, ainda edita e dirige o Jornal Fraternizar online. Assume-se como Presbítero da Igreja do Porto, mas à Intempérie, sempre em Deserto e sem nada de seu. Desde 15 de Fevereiro de 2004, vive, numa casinha arrendada em Macieira da Lixa, a mesma freguesia do concelho de Felgueiras, onde foi Pároco, e que ele experimenta como um Lugar Teológico de Deus outro, o de Jesus. E, onde, hoje, já se Levanta, concluído, mas ainda não totalmente equipado (falta, sobretudo, a energia solar), o Barracão de Cultura, da Associação Cultural As Formigas de Macieira, da qual é um dos fundadores.
Faz questão de viver longe dos Templos e dos Altares. E recusa assumir-se como Sacerdote, função típica do Paganismo religioso e totalmente estranha a Jesus. É, simplesmente, Presbítero da Igreja do Porto. Sem nenhum Poder clerical e eclesiástico. Faz da Causa do Evangelho de Jesus, que anuncia, oportuna e inoportunamente, a sua permanente Eucaristia, a qual, muitas vezes, Acontece, como Sacramento, no decorrer de Comidas Compartilhadas e politicamente Conspirativas, que se sabe quando começam, não se sabe quando terminam, tão animados e acalorados são os debates/as conversas que as acompanham, em torno das grandes questões da nossa actualidade. Tem dois sites pessoais na internet. E mais de 2.000 vídeos no youtube. Está no Facebook, com Mural-e-Página pessoal e no Twitter.
Luís Moreira (CP 8078)