O Tribunal Cível de Braga pediu uma perícia médico-legal, a realizar no Instituto estatal, à criança, à data com quatro anos, que, em 2010, ficou gravemente ferida numa queda no fosso de orquestra do Theatro Circo de Braga.
O relatório médico pode vir a influenciar uma eventual indemnização ao rapaz, já que irá determinar, quais os danos físicos permanentes com que ficou após o acidente. A família pede 147 mil euros de indemnização à empresa municipal e ao seu diretor técnico.
O pedido evoca os danos patrimoniais e as sequelas físicas que a queda provocou no menino, com os consequentes prejuízos para a sua evolução.
Em fevereiro de 2015, o diretor técnico foi condenado a 150 dias de multa, à taxa diária de 10 euros, por um crime de ofensa à integridade física por negligência e omissão. Depois do acidente, a anterior administração do Theatro colocou uma grade junto ao fosso, de forma a evitar novas quedas.
O acidente deu-se a 21 dezembro de 2010, quando o menino, no intervalo de um espetáculo, caiu de uma altura de 9,5 metros, num fosso situado junto ao palco e apenas tapado com um pano preto, que não estava sinalizado nem protegido por qualquer rede ou grade.
A criança, que brincava no corredor, foi de encontro ao pano, e caiu de uma altura de 9,5 metros.
Na sentença, o juiz do Tribunal Criminal, Emídio Rocha Peixoto, manifestou a sua “perplexidade” e “séria preocupação” por, passados quatro anos sobre a queda, o Theatro Circo não ter assumido “qualquer responsabilidade”.
“É chocante. Estamos a falar da grande sala de espetáculos de Braga”, referiu.
Luís Moreira (CP 8078)