A Concelhia de Famalicão do PAN voltou a questionar a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão sobre as condições de integração de imigrantes no concelho. Na primeira vez que questionou Mário Passos, presidente da autarquia, em Setembro passado, ficou sem resposta.
Referindo que são conhecidos “vários casos” de exploração laboral, Sandra Pimenta, avisa, em nota ao PressMinho, que “pensar que isto só afecta zonas como o Alentejo, é querer negar as evidências que ocorrem ao nosso lado”.
“Ainda recentemente todos nós ficamos chocados com as alegações sobre exploração e tráfico de crianças no mundo do futebol, o que só vem provar que esta problemática poderá afectar várias faixas etárias e diferentes sectores da nossa sociedade”, lembra a porta-voz da Concelhia.
Sandra Pimenta acrescenta: “É de extrema importância que o nosso concelho esteja atento e preparado para dar respostas eficazes e céleres quer perante denúncias, quer perante a recepção de imigrantes e migrantes ou refugiados”.
Por esta razão, o partido questionou a Câmara Municipal sobre o número de imigrantes recebidos no concelho e sobre os mecanismos adoptados para a sua integração na sociedade famalicense.
“Defendemos a elaboração de um conjunto de medidas de integração, tais como formação, sensibilização e actividades de acolhimento que permitam uma real inclusão na nossa comunidade”, diz, frisando que é também necessário criar de infra-estruturas habitacionais,
Sandra Pimenta sublinha a necessidade da fiscalização dessas habitações e ainda sobre os contratos de trabalho “com empresas famalicenses ou outras”, garantindo que se salvaguarde o direito à habitação, “ao invés de se continuar a assistir a situações em que são adoptados modelos ‘pavilhão’ onde um elevado número de pessoas são alojadas, muitas das vezes sem as mínimas condições de salubridade e colocando em causa a saúde pública e a sua própria saúde”.
A dirigente famalicense do PAN conclui a nota, alertando para um aumento “expectável” do fluxo migratório nos próximos anos, “em resultado das alterações climáticas, conflitos armados, ou ainda motivados pela escassez de bens essenciais como a água”.
Fernando Gualtieri (CP 7889)