O Papa Francisco decidiu modificar a rubrica do Missal Romano relativa ao lava-pés de Quinta-feira Santa, estabelecendo que a participação no rito não seja limitada só aos homens e rapazes, anunciou esta sexta-feira a Santa Sé, abrindo a cerimónia a mulheres.
Até agora, os escolhidos eram normalmente homens e rapazes que representavam os 12 apóstolos a quem Jesus terá prestado o gesto de humildade na Última Ceia.
O Missa Romano altera a prática data de 1955 e passa a deixar de fazer referência aos “homens escolhidos”, referindo os “escolhidos entre o povo de Deus”, de maneira que os responsáveis pelas comunidades católicas “possam escolher um grupo de fiéis que representem a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus”.
“Tal grupo pode ser composto por homens e mulheres e, convenientemente, jovens e idosos, sãos e doentes, clérigos, consagrados, leigos”, precisa a alteração promovida pelo Papa Francisco.
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos introduz esta inovação nos livros litúrgicos do Rito Romano, “recordando aos pastores a sua tarefa de instruir devidamente tanto os fiéis escolhidos como os demais, a fim de que participem no rito consciente, activa e frutuosamente”.
Em 2013, o Papa Francisco já havia quebrado essa tradição ao incluir duas mulheres na cerimónia, uma italiana católica e uma muçulmana sérvia. Na altura, a decisão foi alvo de algumas críticas por parte de conservadores ,segundo a CNN, que consideraram que o Papa estava a atropelar as tradições católicas.
FG (CP1200) com DN e Agência Ecclesia