O ecoparque da empresa intermunicipal Braval, na Póvoa de Lanhoso, recebe e trata 90 mil toneladas de resíduos por ano, provenientes de uma população estimada em 290 mil habitantes que habita uma área total de 1.120 km².
A Braval “tem também um programa pioneiro de recolha porta a porta de óleos alimentares usados, de forma a evitar que sejam despejados no saneamento e contaminem os cursos de água, para o que os cidadãos apenas têm que telefonar gratuitamente e solicitar a sua recolha”.
A informação foi dada pelo administrador, Pedro Machado, a uma delegação do partido Nós, Cidadãos!, composta por Pedro Pinheiro Augusto, Armando Caldas e Manuela Matos, que visitou a Braval. A empresa envolve os municípios de Braga, Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso e Terras de Bouro.
O gestor acrescentou que “desde 2016, está em funcionamento a nova Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (UTMB), que permitiu reduzir para metade os resíduos depositados em aterro.
Esta unidade permite valorizar 30 mil toneladas da fração orgânica dos resíduos indiferenciados, 10 mil toneladas de resíduos verdes e castanhos, bem como retirar a fração reciclável e valorizar energeticamente o biogás, que contribui com 2 MW de energia elétrica que é injetada na rede nacional.
A UTMB representa um investimento de 22 milhões de euros, em parte financiado por programas comunitários. No entanto, como foi possível verificar – diz o Nós Cidadãos! -, “esta unidade não é a solução final para o problema da falta de separação do lixo. Além do dispêndio de energia necessário, os plásticos que são separados por esta via, estando contaminados com sujidade, não são pretendidos pelas empresas de reciclagem, que preferem os plásticos limpos que são recolhidos nos ecopontos”.
“Assim, os plásticos recuperados e enfardados acabam por engrossar as incorporações em aterro, até que um dia exista uma unidade de incineração ou co-incineração regional que os pretenda para valorização energética”, sublinhou.
Pedro Machado informou que “há importação deste tipo de resíduos, com proveniência do Reino Unido, para serem incinerados em Portugal, sendo pagos ao peso do frete marítimo”.
Luís Moreira (CP 8078)