Numa reunião com distritais, Passos Coelho disse que o acordo dos partidos que apoiam o Governo “foi-se esgotando” e avisa que 2017 é um ano de “riscos financeiros”.
O presidente do PSD reuniu-se com os líderes distritais na sede do PSD para preparar as eleições autárquicas e alertou que 2017 é um ano politicamente intenso em que a maioria governativa vai apresentar “sinais de desgaste “, informa este sábado o Observador.
Para Passos Coelho, parte deste desgaste resulta de “um jogo táctico” induzido pela aproximação das autárquicas, mas “não só”.
Perante os líderes distritais, Passos Coelho disse acreditar que este ano a “geringonça” será “colocada à prova” já que o acordo inicial dos partidos que apoiam o Governo foi-se esgotando, fazendo o aviso que tem repetido desde que o PSD anunciou o chumbo da redução da TSU: “Não aceitamos que o PS olhe para o PSD como muleta.” Passos antecipou que só há dois caminhos que permitem a sobrevivência da geringonça: ou o PS caminha para um terreno mais radical ou PCP e Bloco de Esquerda afastam-se dos seus valores políticos.
Passos Coelho insistiu que em 2017 haverá muitos “riscos financeiros” e que Portugal está frágil sob o ponto de vista financeiro e “frágil aos olhos externos”.