PCP assinalou esta quinta-feira o Dia Mundial da Saúde com uma acção de contacto com profissionais e utentes do Hospital de Braga em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A iniciativa teve como objectivo divulgar os projectos-de-lei apresentados pelos comunistas na Assembleia da República, nomeadamente a implementação do regime de dedicação exclusiva, com carácter opcional, com o aumento em 50% da remuneração base e 25% da contagem de tempo para a progressão na carreira, “garantindo desta forma uma remuneração digna”, progressão efectiva e condições de trabalho e o alargamento de incentivos para a fixação de profissionais de saúde em áreas carenciadas.
O descongelamento das carreiras de todos os trabalhadores da Administração Pública é outra das propostas
“Nos cuidados primários de saúde, não podemos continuar a ter utentes e profissionais de primeira e de segunda categoria, consoante integrem Unidades de Saúde Familiar ou unidades de formato convencional”, afirma os comunistas, acrescentando que não podem continuar a faltar nos centros de saúde “instrumentos mínimos de diagnóstico como um simples raio-x ou meios para a realização de análises clínicas”.
“Precisamos que se concretize a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes, a toda a população, o que hoje não acontece em relação a mais de um milhão de pessoas”, é igualmente uma reivindicação do PCP, que insiste na necessidade de “inverter a desastrosa política de redução de camas de internamento nos hospitais públicos – mais de 4 mil nos últimos anos – que impede uma melhor resposta à realização de cirurgias e dificulta o trabalho dos serviços de urgência”. Não é por acaso que, ao mesmo tempo, as camas dos hospitais privados tenham aumentado quase na mesma quantidade.
O PCP sublinha que “não é possível continuar a aumentar as transferências para o sector privado e ao mesmo tempo garantir um Serviço Nacional de Saúde universal e de qualidade”.
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)