Carla Cruz, deputada do PCP na Assembleia da República, reuniu esta terça-feira com o director do Centro de Repostas Integradas (CRI) do distrito de Braga da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD). A degradação das instalações e a estabilização dos profissionais do CRI estiveram na agenda do encontro.
Acompanhada pela deputada municipal Bárbara Barros, registou as principais preocupações do CRI relativamente às duas Equipas Técnicas Especializadas de Tratamento (ETs) que possui, nomeadamente no que diz respeito às infraestruturas dos equipamentos em que estas funcionam.
A prioridade, para Luís Miguel Viana, director do CRI Braga, é conseguir novas instalações para a ET de Braga, hoje situada na Rua Conselheiro Januário. A degradação do edifício e a exigência de uma constante manutenção torna o espaço “já claramente inadequado para a nossa equipa”, defendendo que novas instalações acabariam por ser menos dispendiosas.
Carla Cruz mostrou-se de acordo com esta necessidade levantada por aquele responsável, acrescentando que as condições físicas do espaço “influenciarão muito o dia-a-dia de quem ali trabalha, para além de ajudar a melhorar ainda a resposta que a ET dá aos seus utentes, que todos os dias ali se deslocam”.
RECURSOS HUMANOS
Para a deputada comunista, primeira candidata da CDU anunciada, em Braga, para a Assembleia Municipal, outra matéria de grande importância é a integração dos recursos humanos em regime de prestação de serviços nos quadros que, para o PCP, “é essencial no direito ao trabalho”.
Fruto da acção legislativa a decorrer, com transformações na administração pública a este nível, Carla Cruz realça que é importante “é combater a precariedade em todos os sectores, garantindo que se traz a esta área também a estabilidade necessária não só aos seus trabalhadores como às exigências e especificidades que o trabalho realizado neste âmbito exigem”.
Por fim, Carla Cruz sublinhou a preocupação com que o PCP tem acompanhado as mudanças significativas nesta área, nomeadamente com a extinção do antigo Instituo da Droga e da Toxicodependência (IDT) e a integração das equipas especializadas nas ARS, insistindo para que “no grupo de trabalho recentemente criado na Assembleia da República para acompanhamento e avaliação destas matérias, sejam ouvidos os profissionais que estão no terreno”.
São várias as queixas que diversos profissionais, por todo o país, vão fazendo chegar relativamente a uma reposta mais demorada, por força dos processos administrativos mais burocratizados das ARS. Para além destas consequências mais práticas no quotidiano de quem trabalha nos CRI, Carla Cruz entende que o património e os passos dados nesta área sejam salvaguardados em todo o processo, ideia secundada pelo director do CRI Braga na reunião.
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