O Partido Comunista Português reafirma que o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) “precisa de um director exclusivo, bem como de reforço de meios financeiros para cumprir integralmente os propósitos que estiveram na base da criação do Parque Nacional» e garante que «não deixará de se bater por esse propósito”.
A tomada de posição dos comunistas, tornada pública em comunicado, surge depois de esta terça-feira a deputada bracarense Carla Cruz ter questionado o Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, no âmbito da discussão da especialidade da proposta de orçamento de estado para 2017.
Nessa audição, a deputada do PCP questionou o governante sobre a gestão do Parque Nacional Peneda Gerês, designadamente a “concretização do modelo de gestão de proximidade a aplicar às áreas protegidas”. A deputada quis ainda saber junto do Governo se esta gestão de proximidade contemplava a afectação ao PNPG de um director próprio.
Em resposta, a Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza informou que o modelo de gestão de proximidade contempla “reforço orçamental, alargamento e contratação de mais vigilantes da natureza e dotá-los de equipamentos”.
Disse, ainda, no que toca ao PNPG, que o modelo de gestão de proximidade abrange também a criação de 10 equipas para sapadores florestais, o envolvimento activo da população, dos Municípios e das associações. Para além disto, o Governo vai avançar com a criação de programas especiais de ordenamento das áreas protegidas.
Sobre esta resposta e este modelo de gestão, o PCP, “considerando positivo o envolvimento das populações, dos Municípios e associações na gestão, assim como a contratação dos vigilantes da natureza e das equipas de sapadores, não pode deixar de afirmar que o modelo apresentado não responde cabalmente às necessidades do PNPG”.