O bloquista Pedro Soares questionou o Ministério da Saúde sobre a falta de direcção clínica das especialidades de cirurgia maxilo-facial, doenças infecciosas, genética médica, imunoalergologia e reumatologia, no Hospital de Braga.
“O facto destas cinco especialidades médicas não disporem de direcção clínica atribuída não é novo; de facto, já em 2013 o Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre este assunto. À época, eram seis as especialidades sem direcção clínica, sendo que todas se mantêm na mesma situação excepto nefrologia”, escreve o deputado do Bloco de Esquerda (BE) em requerimento ao executivo.
Para o BE, “esta é uma situação difícil de compreender”, uma vez que “ou o Hospital de Braga não disponibiliza serviços nestas especialidades e portanto a indicação de que as têm é falaciosa, ou estas especialidades existem de facto, e, assim sendo, não se compreende que não tenham direcção clínica”.
Os bloquistas consideram “essencial que esta situação seja esclarecida”. Para Pedro Soares, “importa saber se o contrato de gestão do Hospital de Braga preconiza a existência destas especialidades, que medidas foram tomadas pelo gestor do contrato perante esta ausência de direcção clínica bem como o número de consultas e intervenções realizadas no âmbito destas especialidades”.
FIM À PPP
Pedro Soares, eleito pelo círculo de Braga, questiona ainda o Ministro da Saúde sobre a o contrato de gestão do Hospital de Braga, cuja Parceria Pública Privada termina no próximo ano, considerando que “esta teria sido a oportunidade para reverter a gestão do Hospital de Braga para a esfera pública”.
Segundo Pedro Soares, “o racional da estratégia do Grupo Mello relega para segundo plano as necessidades de saúde da população”, situação que se agravou nos últimos anos, através do “aumento dos tempos de espera para consultas e cirurgias, maior número de encaminhamento de doentes para outras unidades de saúde, a alteração de medicação, meios complementares de diagnostico realizados em entidades externas”.
Neste sentido, o deputado afirma que “a população de Braga exige que haja uma resposta clara” sobre “as razões que levam a manter a PPP no Hospital de Braga”.
Fernando Gualtieri (CP 1200)