Pedro Soares, deputado eleito por Braga na legislatura de 2015 a 2019, tornou pública a Certidão do Despacho de Arquivamento com a sentença do Procurador da República, já transitada em julgado, sobre o seu alegado envolvimento no chamado “caso das moradas dos deputados”.
Na certidão lê-se que não ter havido “benefício económico” nem qualquer “motivação ilegítima para a indicação de outra morada”.
“Ficou provado que a morada indicada apenas se destinava a maior facilidade de contacto, não havendo qualquer benefício económico ou qualquer motivação ilegítima, de acordo com as conclusões da investigação levada a cabo pelo Ministério Público (DIAP/Lisboa)”, refere o bloquista em comunicado anexo ao documento oficial que dá conta do arquivamento do processo.
Salientando que o processo teve origem em denúncia anónima, Pedro Soares manifesta “forte satisfação” com a realização do inquérito pelo MP “que veio, com a investigação e a clareza das suas conclusões, ‘deitar por terra’, conforme é referido, a campanha difamatória que foi conduzida junto da opinião pública para procurar colocar em causa a imagem do deputado e do BE”.
Pedro Soares, recordando que Legislativas de 2019, o BE passa a sua representação parlamentar no círculo de Braga de um para dois eleitos, diz que a “campanha difamatória não surtiu efeito, afirmando-se o trabalho realizado ao longo da legislatura em defesa dos interesses da população e da região”.
“Não deixa de ser revelador que quem sustentou e procurou tirar dividendos dessa campanha não tenha agora uma palavra a dizer, mantendo-se no silêncio”, acrescenta. “Em vez de um gesto de solidariedade, procuram alguns evitar que esta informação circule, continuando a refugiar-se na intriga. Não surpreende, apesar de lamentável, porque define o perfil de certos caracteres”, escreve.
Frisa que própria RTP, “que lançou a suspeita”, “ainda não encontrou tempo nem oportunidade para transmitir publicamente as conclusões da investigação que destroem as falsidades que, irresponsavelmente, apresentaram em horário nobre”.
“Procurei durante este período defender o Bloco de ataques soezes não me candidatando a qualquer cargo ou órgão partidário de maior relevância até que tudo ficasse esclarecido, como aconteceu”, adianta, assegurando que saiu “reforçado deste combate e de pé”.
“Dedico-me à minha actividade profissional, como docente universitário e investigador, Não virei a cara à luta e assim vou continuar nos combates com que me identifico, dentro e fora do Bloco”, remata.
Certidão despacho de arquivamento (1)
Fernando Gualtieri (CP 7889 A)