Foi apresentado na tarde desta quinta-feira, 9 de Março, o Plano de Gestão e Monitorização do Rio Homem, um trabalho desenvolvido pelo ICNF em parceria com os vigilantes da Natureza e a UTAD.
“Promover o ordenamento aquífero do Rio Homem” é o objectivo do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que fez um estudo daquilo que eram os recursos existentes por todo o rio.
Passam, assim, a existir áreas sem pesca, onde não é permitida a pesca, áreas de pesca sem morte (o pescado é devolvido ao rio) e áreas de pesca com morte. Essas áreas de rio passam a estar identificados com novas placas.
De referir que, nas zonas onde é possível pescar com morte, foram definidas quotas de pesca, sobretudo da truta. Ficam definidos o tamanho e o número de peixes que se podem pescar. As espécies exóticas serão retiradas do percurso de água e não têm quotas.
Nesta fase, os diversos organismos envolvidos no processo (juntas, câmara e ICNF) avançarão com a sensibilização para as novas áreas e regras.
“FUTURO MAIS PRÓSPERO PARA OS NOSSOS PESCADORES E AMANTES DA NATUREZA”
A abertura da sessão esteve a cargo do vereador do município de Amares, Delfim Rodrigues, que apontou tratar-se de um “assunto de extrema importância”.
“Vamos ver se todos em conjunto (instituições) conseguimos olhar para os rios de outra forma, mantendo a nossa fauna e flora e até aumentando as espécies nos rios. Pelo que vou sabendo, são cada vez menos e quero acreditar que através deste Plano de Gestão e Exploração se vai contribuir para um futuro mais próspero tanto para os nossos pescadores como para os amantes da natureza e dos rios”, disse Delfim Rodrigues.
“QUESTÃO ESTRATÉGICA”
Já a engenheira Sandra Sarmento, do ICNF, explicou que a “questão dos rios é estratégica e muito importante para os territórios”.
“Quando falamos na sua exploração em termos de pesca também isso é um recurso muito importante para a valorização dos territórios. Temos uma responsabilidade enorme naquilo que é a gestão dos recursos aquícolas”, esclareceu.
Mais à frente, Sandra Sarmento, esclareceu que se desenvolveu um “plano para promover o ordenamento aquícola deste rio e ter aqui uma pesca ordenada, promovendo também aquilo que é a melhoria dos sistemas ribeirinhos e da qualidade da água do próprio rio”.
Após o momento de abertura, seguiu-se uma exposição detalhada do Plano por António Martinho, também engenheiro do ICNF.
Pedro Nuno Sousa (CP 7972-A)