A polícia turca prendeu nesta segunda-feira 42 funcionários universitários como parte da investigação sobre a tentativa de golpe de Julho de 2016, informou a imprensa estatal.
Os detidos fazem parte de uma lista de 72 funcionários universitários contra os quais mandados de prisão foram emitidos por supostas ligações ao pregador Fethullah Gülen, acusado por Ancara de planear a tentativa de golpe, de acordo com a agência de notícias pró-governo Anadolu.
Sessenta e quatro funcionários da universidade de Medeniyet, incluindo 19 professores da Faculdade de Medicina, e oito da universidade de Bogazici, são os alvos dos mandados de prisão, segundo a agência Dogan.
São suspeitos de utilizar a aplicação de mensagens encriptadas ByLock, que era, de acordo com as autoridades turcas, a ferramenta de comunicação dos alegados golpistas, explica a Anadolu.
Um advogado da universidade de Bogazici confirmou à AFP que cinco funcionários administrativos e três professores foram presos pela polícia.
Além disso, o Ministério Público de Istambul emitiu mandados de prisão contra 43 outras pessoas, incluindo seis funcionários do gabinete do primeiro-ministro, como parte da mesma investigação sobre o golpe de Estado, de acordo com Anadolu.
Mais de 50 mil pessoas foram presas e mais de 100 mil outras demitidas dos cargos no sector público desde o golpe fracassado de 15 de Julho de 2016.
Activistas de direitos humanos e governos ocidentais dizem-se preocupados com a extensão dos expurgos e acusam o presidente Recep Tayyip Erdogan de explorar o estado de emergência em vigor para silenciar a oposição.
Fonte: Sapo24