“A crise dos refugiados é uma causa que não pode deixar ninguém indiferente e, mais uma vez, através das suas instituições, Portugal está a dar o exemplo e uma lição à Europa e ao Mundo ao dizer que está disponível para apoiar os que mais necessitam”. As palavras são de Ricardo Rio no arranque do Encontro Nacional de Instituições Anfitriãs, que durante os próximos três dias estão reunidas em Braga.
O evento, promovido pela Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Acção, com a parceria da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), visa promover o diálogo intercultural e uma melhor inclusão dos refugiados, sendo direccionado para organizações de acolhimento, voluntários, jovens e técnicos que actuam no âmbito da crise humanitária.
O programa de recolocação de refugiados foi definido em Setembro do ano transacto pelos países europeus que decidiram redistribuir pelos diferentes estados-membros 160 mil refugiados. No entanto, a implementação deste programa está dependente das vagas e das cotas de cada país e, uma vez que estas podem ser efectuadas num período de 2 anos, até à data só foram disponibilizadas sete mil vagas, das quais só 1200 foram preenchidas.
Nessa matéria, Portugal “apresenta-se na linha da frente” com 1674 vagas anunciadas, sendo que do número total de cidadãos já colocados (1200), 211 estão em território nacional. “Mais uma vez, mesmo num contexto de dificuldades como este que o país atravessa, estamos a dar o exemplo e a demonstrar a nossa generosidade”, referiu o presidente da Câmara, acrescentando que nesta matéria e “graças ao contributo das suas instituições, Portugal serve de exemplo para toda a Europa e para o Mundo”.
Segundo o autarca, tudo o que possa ser feito para minorar a situação de milhares de cidadãos que se encontram nas fronteiras da Europa é extremamente positivo. E é nesse campo que o trabalho das instituições da sociedade civil “se revela contagiante para as instituições públicas quer a nível nacional, quer a nível local”.
A finalizar, Ricardo Rio sustentou que essa forma de actuar das instituições “revela o espírito solidário que marca geneticamente o povo português e demonstra a vitalidade da nossa sociedade civil que consegue trabalhar em rede e em conjunto em torno de diferentes causas”.
Além de Ricardo Rio, a sessão de abertura deste encontro contou com a presença do director da Agência Nacional Erasmus+ Juventude em Acção, Pedro Soares, do coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados, Rui Marques, e de André Costa Jorge, director do Serviço Jesuíta aos Refugiados, que realçaram a importância de uma Europa unida e hospitaleira para combater a crise dos refugiados.