De Espanha ao Reino Unido, de França ao outro lado do Atlântico, a vitória curta da AD e a subida muito grande do Chega está em destaque nos meios internacionais.
ESPANHA
Em Espanha, o El Mundo destaca o “empate técnico” entre socialistas e sociais-democratas e ainda os 18% obtidos pelo Chega, que representam mais de um milhão de eleitores.
O jornal espanhol fala mesmo numa “reviravolta” com a queda do PS, que passou de uma maioria absoluta para o segundo posto, com cerca de 51.000 votos a menos do que os ‘laranjas’, numa altura em que estão contados 99% dos votos.
Ainda no país vizinho, o El País refere que o “centro-direita ganhou pela margem mínima”, enquanto a extrema-direita “exige” entrar no Governo.
O meio de comunicação espanhol faz alusão às palavras de Pedro Nuno Santos, líder do PS, que garantiu que irá fazer oposição à direita de forma a recuperar os descontentes.
O El País não esquece o facto de o Chega ter alcançando um resultado histórico com mais de um milhão de votos.
FRANÇA
Em França, o Le Figaro dá destaque à vitória da direita e ao crescimento dos “nacionalistas” do Chega. O jornal sublinha que a Aliança Democrática conseguiu, ao fim de oito anos, afastar o PS do poder.
Já o Le Monde escreve que o centro-direita, apesar de ter saído vencedor das legislativas, recusa-se a “governar com a extrema-direita”.
“Luís Montenegro, da Aliança Democrática, não conseguirá formar sozinho uma maioria estável, mas reafirmou a sua recusa em governar o país com o apoio do partido populista Chega, que conseguiu um novo avanço eleitoral”, pode ler-se.
ITÁLIA
Em Itália, o La Republica fala num empate entre as duas maiores forças políticas, mas vinca que Pedro Nuno Santos “concede a vitória” à AD. O meio de comunicação transalpino menciona ainda o “incrível frente a frente” entre PS e Aliança Democrática, que acaba com os socialistas na oposição, enquanto a “extrema-direita sobe para 18,3%.
O Corriere Della Sera escreve que as eleições portuguesas estiveram “ao rubro” e foca a subida bastante considerável do partido liderado por André Ventura.
O jornal sublinha que Luís Montenegro necessita de um acordo com “os populistas do Chega” para formar Governo.
REINO UNIDO
No Reino Unido, o The Guardian noticia a vitória da aliança de centro-direita, que rejeita acordo com a extrema-direita.
A BBC segue a mesma linha e acrescenta que a AD conseguiu uma “vitória apertada”.
EUA
Fora da Europa, nos Estados Unidos da América, a CNN internacional nota que o centro-direita saiu vencedor, ainda que de forma “apertada”, do sufrágio de domingo e que a “direita radical” subiu de forma categórica, tendo conquistado um quinto dos votos.
Já o Politico destaca a grande afluência às urnas, que resultou numa “disputa muito renhida”. O portal informativo refere que o Chega é o grande responsável pelo resultado, aquém das expectativas, da AD e do PS.
O Washington Post aborda a questão referindo que “Portugal está em suspense” depois de uma eleição que terminou sem um vencedor claro, ao passo que o “partido populista”, o Chega, cresceu significativamente.
BRASIL
No Brasil, o Estadão fala numa vitória do centro-direita com a extrema-direita a tornar-se “a nova força”.
Para o jornal brasileiro o resultado “consolida” o que já se previa: um Parlamento dividido e a consolidação da “ultradireita entre as três principais potências políticas”.
O portal G1 destaca a “estreita” vitória da AD face aos socialistas, numa disputa que ficou marcada pela ascensão do Chega, que pode ser explicada, segundo o jornal, “pelo recente cenário de instabilidade que voltou a tomar conta do país”.
Com ECO e SIC Notícias