Em países como a Suíça, Luxemburgo, França e Canadá os emigrantes não conseguem vínculos laborais estáveis. A estes juntou-se todo um contingente de trabalhadores portugueses, sobretudo dos distritos de Braga e do Porto, que estão ao serviço de empresas nacionais em África e na América do Sul.
Segundo o jornal i, na Suíça, em França, no Canadá e no Luxemburgo as pessoas costumam encontrar trabalho sem vínculos nas obras, restaurantes, limpeza e agricultura.
Também em África e América do Sul, nomeadamente na Argélia e Colômbia, e mesmo na Europa, são milhares de trabalhadores portugueses que vivem em dificuldades, que, segundo Albano Ribeiro, presidente da Sindicato da Construção de Portugal, decorrem de ordenados em atraso e de alojamento em condições pouco dignas, muitas vezes sobrevivendo graças à ajuda dos locais, situação que o PressMinho/O Vilaverdense tem vindo a denunciar.
Já a Suíça, indica o jornal, viviam em Setembro de 2015 cerca de 278 mil portugueses. Os sectores que mais empregam a comunidade portuguesa neste país são a construção civil, a hotelaria, a restauração e a agricultura.
Destaca-se ainda o desemprego sazonal, sendo que no Inverno, o número de desempregados entre a comunidade é 50% maior do que nos meses de Junho, Julho e Agosto. Em 2015, registou-se um recorde de portugueses sem trabalho: 14774 pessoas, divulgou o jornal Sábado.
Quanto ao Luxemburgo, a falta de formação e conhecimento de línguas (como o francês, o alemão e o luxemburguês) elencam-se como razões que levam à absorção dos portugueses por sectores como a hotelaria, construção civil e serviços de limpeza, onde também encontram empregos precários. Um terço dos empregados no Luxemburgo, conta o jornal i, são de origem portuguesa. Aliás, no final de 2015, os trabalhadores portugueses no país eram os mais expostos ao risco de cair na pobreza.
Já os emigrantes em França estão a trabalhar por menos dinheiro, mais horas e sem vínculo laboral. Há portugueses entre os estrangeiros subcontratados que trabalham 785 euros por 60 horas semanais, indicou um estudo da AFP citado pelo jornal i. Segundo os dados, 145 mil pessoas encontram-se nestas condições.
No Canadá, os sectores que acolhem mais portugueses são os da agricultura e construção civil. Esta tendência já se verifica desde a década de 60, quando chegou uma onda de emigrantes portugueses. Porém, os seus descendentes têm agora procurado emprego noutros sectores, como o dos serviços, adianta a embaixada de Portugal em Otava.
FG (CP 1200) com site ‘Bom Dia’