Os dois portugueses que foram detidos em Espanha, esta semana, por serem suspeitos do homicídio de uma mulher, já tinham antecedentes criminais naquele país e tentaram fugir fazendo-se passar por peregrinos.
De acordo com o diário espanhol ABC, que cita declarações de Virginia Barcones, delegada do governo em Castela e Leão, os dois detidos, de nacionalidade portuguesa, são irmãos e têm 46 anos.
Com o objectivo de “fugir à justiça” fizeram-se passar por peregrinos. Contudo, a Guardia Civil, juntamente com a colaboração dos cidadãos, acabou por seguir a pista de que estes iriam tentar passar “despercebidos” num dos Caminhos de Santiago.
Os homens acabaram por ser detidos, dois dias depois de a vítima ter sido encontrada, em San Justo de la Vega, a cerca de 60 quilómetros do local do crime.
Os suspeitos já tinham antecedentes criminais em Espanha por crimes contra as pessoas e o património e as autoridades espanholas aguardam agora que a polícia portuguesa informe sobre o possível cadastro dos homens no seu país de origem.
De realçar que o corpo da vítima, identificada como Katia Santamarta, foi encontrado na tarde de domingo, com sinais de violência, dentro de um poço, em Reliegos, onde vivia, depois de o seu desaparecimento ser denunciado à Guardia Civil por uma amiga.
Segundo a imprensa espanhola, os suspeitos residiam com a vítima no momento do seu desaparecimento e tinham deixado de ser vistos na sexta-feira.
A mulher acolhia, temporariamente, algumas pessoas na sua casa. Em troca do acolhimento, estas pessoas ajudavam num espaço de cultivo de produtos biológicos.