O Posto de Turismo de Braga tem patente até ao próximo domingo, uma exposição de cestaria dos artesãos Rosa e Manuel.
A mostra dá conhecer a arte ancestral de trabalhar o vime. Na sua oficina, em Braga, o casal de artesãos produz peças com formas e dimensões distintas, fazendo uso de técnicas específicas daquele que é um ofício em vias de extinção.
Fibra vegetal, o vime é resistente, flexível e de grande durabilidade. Um material sustentável, não poluente e reutilizável. Depois do processo de tratamento, os artesãos constroem a base do cesto, dando-lhe forma, tecendo vara a vara.
Desde a preparação do vime à feitura de um cesto, este é um trabalho feito de tradição. Nascida numa família de cesteiros, Rosa preserva até hoje o “saber-fazer” do seu mestre e tio Januário. Quando casou, foi professora do marido, Manuel. Os dois dedicam a vida a esta arte, produzindo peças que são, na sua maioria, exportadas para o mercado internacional.
As peças produzidas são de variedade heterogénea: produtos de puericultura (como berços, alcofas e cestos para cosméticos de bebé); bolsas para marcas de moda; cestos para decoração; cestos/caixotes para bicicleta; cestos para pão e para a sua fermentação; cestos para lenha; cacifre de pesca; cestas de piquenique, entre outros. Parte integrante das sociabilidades minhotas, a cesta ia à romaria, à vindima, ao mercado, à desfolhada. Saberes e técnicas ancestrais, que são património da nossa gente.