O Partido Popular Monárquico (PPM) vai integrar a coligação Aliança Democrática que, até agora, juntava PSD e CDS-PP, repetindo a AD dos anos 80, constituída pelo PSD, CDS e PPM.
O PSD comunicou esta quarta-feira que os monárquicos de Gonçalo Câmara Pereira vão integrar a AD em conjunto com o CDS-PP e esclareceu que o partido “quis assim recuperar na íntegra a antiga Aliança Democrática para apresentar ao país a alternativa reformista e moderada que Portugal precisa”.
Também em comunicado, o PPM referiu que, na última segunda-feira, o Conselho Nacional do partido reuniu-se “para deliberar a respeito da realização de uma coligação eleitoral com o PSD e o CDS-PP no âmbito das Eleições Legislativas nacionais de 10 de Março de 2024”.
“Na reunião em causa, o Conselho Nacional do PPM deliberou, por unanimidade, integrar a coligação ‘AD – Aliança Democrática’ no âmbito das próximas eleições legislativas nacionais, após a conclusão, com êxito, das negociações que os partidos mantiveram nas semanas anteriores, ultrapassando assim as dificuldades iniciais na formalização do acordo”, acrescenta ainda.
No fim de Dezembro, quando a coligação foi anunciada – sem a presença do PPM – o neto de Gonçalo Ribeiro Telles disse à SIC que o avô seria favorável a esta AD do século XXI, e que “combateria o Chega com todas as suas forças”.
Recorde-se que nas eleições legislativas de 1980, a AD também era composta por estes três partidos, com Francisco Sá Carneiro (PSD), Diogo Freitas do Amaral (CDS) e Gonçalo Ribeiro Telles (PPM) na liderança de cada partido.
A Aliança Democrática de 1980 foi convidada a formar Governo, tendo tomado posse a 3 de Janeiro desse mesmo ano – há 44 anos esta quarta-feira – com Francisco Sá Carneiro na liderança.
No entanto, o Governo caiu antes de fazer um ano devido à morte do líder social-democrata. Até 1982, Francisco Pinto Balsemão governou em nome da AD, mas a coligação já se apresentava “desfeita” nas legislativas desse ano.
Com SIC Notícias