Desde semáforos para saber a ocupação até às regras de distanciamento físico na areia. Eis as regras de acesso às praias a partir de 6 de Junho
A partir de dia 6 de Junho, os portugueses que quiserem ir à praia aproveitar o sol vão ter de respeitar uma série de regras devido à pandemia.
Tal como já tinha sido avançado pelo PAN , após a reunião com o primeiro-ministro em São Bento, vão ser instalados nas praias semáforos de acesso que vão indicar o estado de ocupação do areal.
SEMÁFOROS E APPS PARA SINALIZAR OCUPAÇÃO
Quando o sinal estiver a verde, a ocupação estará a um terço da capacidade máxima; o sinal amarelo terá uma ocupação elevada, a dois terços e a vermelho, a ocupação será ‘plena’, como revela o Governo em comunicado.
À distância, os portugueses vão poder saber qual é a ocupação das praias. O Governo vai lançar uma app ‘infopraia’ com informação contínua, em tempo real. Estes dados estarão disponíveis no site da Agência Portuguesa do Ambiente.
“Sei que me vão perguntar: então e quem fiscaliza? Nós temos de ser os fiscais de nós próprios. Não é possível viver férias ou estar na praia com um polícia ao lado de cada um de nós. As forças de segurança e armadas têm missões próprias que devem cumprir e as praias, como sempre foram devem ser espaços de lazer. E para podermos descansar na praia temos de estar descansados e para estar descansados temos de estar em segurança”, refere o primeiro-ministro, António Costa.
“Não nos devemos meter em cima dos outros, não podemos que os outros se coloquem em cima de nós e manter o distanciamento necessário”, disse.
DISTANCIAMENTO DE 1,5 METROS
Nas praias, será exigido também o distanciamento físico de 1,5 metros. Haverá também a obrigação de haver um distanciamento de três metros entre chapéus-de-sol, toldos ou colmos.
O Governo indica que vão ser “interditas as actividades desportivas com duas ou mais pessoas (excepto as actividades náuticas, aulas de surf e desportos similares).
Mas, regressando ao areal, haverá regras na atribuição e ocupação dos toldos, colmos e barracas.
“Em regra, cada pessoa ou grupo só pode alugar de manhã (até 13h30) ou tarde (a partir das 14h)”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros, que acrescenta que só será permitido “um máximo de cinco utentes por toldo, colmo ou barraca”.
Quem não respeitar estas regras de contenção do novo coronavírus nas praias, o Governo avisa que há a “possibilidade de interdição da praia, por motivo de protecção da saúde pública, em caso de incumprimento grave das regras pelos concessionários ou pelos utentes”.
GAIVOTAS E ESCORREGAS INTERDITOS
Pedalar nas gaivotas ou usar escorregas na areia não será boa ideia porque estarão interditos. A medida consta no conjunto de regras que o Governo delineou para o acesso às praias. Os chuveiros interiores também serão proibidos.
Já no que diz respeito ao exterior, as espreguiçadeiras, os colchões, os cinzeiros e os chuveiros exteriores “terão de ser higienizados diariamente ou no final de cada utilização”.
O Governo recomenda ainda que sejam evitadas as praias com “ocupação elevada ou plena”.
É POSSÍVEL APANHAR A COVID-19 NA PRAIA?
Como relembra a DGS, pode contrair-se o novo coronavírus se se estiver exposto, por contacto directo, à tosse ou espirros de uma pessoa infectado ou através das gotículas presentes nas superfícies.
É por isso que as autoridades sanitárias recomendam o respeito pelas regras, como o distanciamento físico, limpeza constante das mãos com sabão ou álcool, etiqueta respiratório e utilização de máscara, quando for obrigatório.
Já no que diz respeito à água do mar, a DGS lembra que “nem a água do mar nem a água das piscinas são veículos de transmissão do vírus”, pelo que não constituem um risco.
“A praia, em si, também não oferece um risco particular”, garante o primeiro-ministro. Tendo em conta as diferentes utilizações das praias “é essencial” garantir a protecção de cada um.
Redacção com TSF