O presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, lamentou esta terça-feira a morte de 11 pessoas num posto militar no interior da ilha de Santiago. Motivações pessoais podem estar na origem da tragédia.
O Presidente de Cabo Verde lamentou, através do Facebook, a morte de 11 pessoas num posto militar no interior da ilha de Santiago, adiantando que acompanha de “muito de perto” a investigação.
Onze pessoas, oito militares e três civis, dois dos quais cidadãos espanhóis, foram encontradas esta terça-feira mortas depois de um ataque ao destacamento militar no Centro Retransmissor de Monte Txota, em Rui Vaz, concelho de São Domingos, na ilha cabo-verdiana de Santiago, um dos destinos turísticos preferidos dos portugueses.
Um dos soldados do destacamento, que se encontra desaparecido e está a ser procurado pelas autoridades, é, segundo o Governo de Cabo Verde, o suspeito da autoria das mortes, que terão tido “motivações pessoais”.
“Dos tristes acontecimentos conhecidos hoje e ocorridos em Monte Txota, há que, em primeiro lugar, lamentar as vítimas, exprimir a nossa dor e a nossa solidariedade para com os familiares”, escreve José Carlos Fonseca.
Aeroportos abertos
“As investigações prosseguem em bom e positivo ritmo”, acrescentou o Presidente, adiantando que tem “acompanhado muito de perto a situação, nomeadamente através de informações minuciosas transmitidas pelo Governo” e de outras obtidas junto de colaboradores seus nas áreas militar e da segurança.
Jorge Carlos Fonseca garantiu que a “tranquilidade permanece no país, incluindo a capital”, adiantando que se mostram “completamente inexatas notícias sobre encerramento de aeroportos ou do espaço aéreo ou outras FG como a verificação de tiroteios na capital”.
Os espanhóis mortos, de 31 e 51 anos, realizavam trabalhos de manutenção do quartel quando foram apanhados pelo tiroteio. No momento do ataque, outro espanhol conseguiu fugir são e salvo, relato o jornal espanhol El Mundo.
FG (CP 1220) com TSF El Mundo
Foto: Dulcineia Ramos/EFE