O presidente do Governo Regional da Galiza, Espanha, Alberto Nuñez Feijoo, afirmou, esta quarta-feira, em Braga que o referendo independentista na Catalunha “não se vai celebrar” e classificou a atuação dos dirigentes catalães, como sendo “uma vergonha”.
“Não vai haver referendo no dia um de outubro, porque o Tribunal Constitucional o declarou ilegal e porque foi desarticulada a logística e a operação propangandística montada para o efeito”, declarou aos jornalistas à margem de um almoço de apoio de Ricardo Rio, enquanto recandidato à Câmara de Braga.
O político galego, que lidera o Partido Popular na região espanhola, disse que os 47 milhões de espanhóis, entre eles sete milhões de catalães, não vão permitir alguém declare, unilateralmente, a independência, vincando que “a democracia soube travar, em fevereiro de 1981, um gole militar e também está a fazê-lo agora”.
“Estamos perante um enorme atentado contra os direitos civis e as liberdades dos catalães, usando dinheiro público para burlar as pessoas que pagam impostos e financiam os deputados do parlamento catalão”, reforçou.
Em sua opinião, nenhuma “cabeça racional e decente do ponto de vista político e jurídico agiria desta forma, proclamando um referendo que não é reconhecido pelo resto de Espanha pela União Europeia e pelo mundo com exceção da Venezuela”.
“É o CUP, uma formação anarquista que quer acabar com as instituições espanhola, quem comanda a política catalã”, lamentou.
Questionado sobre se a tendência separatista aparecida na Catalunha se pode alastrar a outras autonomias espanholas como a do País Basco, Feijóo disse que, a situação não é idêntica, já que na região, foi preciso enfrentar uma organização terrorista, a ETA: “vencemos a luta contra o terrorismo e fizemo-lo, a partir do Estado de Direito. E faremos o mesmo agora”, garantiu.
Luís Moreira (CP 8078)