A primeira decisão do primeiro Conselho de Ministros do XXIV Governo Constitucional foi “alterar o logótipo oficial utilizado na comunicação” do executivo, e que já se tinha reflectido na terça-feira na Internet e comunicações internas.
“Tomámos já decisões, a primeira corresponde a um compromisso: alterar o logótipo que representa a imagem do Governo da República portuguesa, regressando a uma imagem que tinha sido usada por vários governos anteriores e que repõem símbolos essenciais da nossa identidade, da nossa história e da nossa cultura”, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final da reunião do Conselho de Ministros.
O ministro referiu que o logótipo do XXIV Governo volta a ter “a esfera armilar, com o escudo, quinas e castelos em que o povo português se revê”, naquele que era um compromisso assumido por Luís Montenegro, muito antes da campanha para as eleições de Março.
Essa alteração de imagem foi visível logo na terça-feira, após a tomada de posse do novo executivo, quer na página da Internet do Governo, quer nos emails enviados pela Presidência do Conselho de Ministros.
Também na sala onde decorreu hoje o `briefing´, na residência oficial do primeiro-ministro, já é logótipo anterior – utilizado antes do alterado pelo último executivo de António Costa — que está inscrito na parede e no púlpito da sala.
Em 2 de Dezembro do ano passado, Luís Montenegro tinha-se comprometido a, se fosse primeiro-ministro, deixar de utilizar o novo símbolo institucional do Governo de Costa – que gerou polémica por ter simplificado a imagem, retirando a esfera armilar, as quinas e os castelos.
“É que faz toda a diferença, nós no nosso projecto não fazemos sucumbir as nossas referências históricas e identitárias a uma ideia de ser mais sofisticados, connosco não há disso. Já chega de política de plástico”, afirmou então Montenegro, numa iniciativa do Conselho Estratégico Nacional.
Além deste ponto, o Conselho de Ministros – numa altura em que os secretários de Estado ainda não são conhecidos – desta quarta-feira tomou apenas outras duas decisões: iniciar os trabalhos de preparação do programa que tem de ser apresentado no parlamento até à próxima quarta-feira e mandatar a ministra da Justiça para iniciar um diálogo com todos os partidos, agentes do sector e sociedade civil para uma agenda de combate à corrupção, tal como tinha sido anunciado pelo primeiro-ministro no discurso da tomada de posse.