Tribunal de Instrução de Guimarães determinou, na madrugada deste sábado, o regime de prisão preventiva aos sete suspeitos de envolvimento no sequestro e homicídio de um empresário de Braga, a 11 de março.
Fonte judicial adiantou que os arguidos são também suspeitos de profanação de cadáver, dado que o empresário João Paulo Fernandes de 41 anos, ainda não foi encontrado.
Os sete arguidos, três advogados de Braga, um empresário e três alegados executantes do crime estão, também, indiciados por falsificação de documento e incêndio, isto por terem falsificado as matrículas das viaturas usadas no sequestro e, posteriormente, terem queimado os veículos, para esconderem provas. Há ainda dois homens constituídos arguidos por detenção de arma proibida.
O empresário foi raptado a 11 de março, na Avenida Dr. António Palha, em Lamaçães, Braga, quando se preparava para entrar na garagem do apartamento. A cena foi presenciada pela filha, uma menina de oito anos que ouviu os raptores dizerem: “anda filho da p… que te vamos matar”!.
Os dois raptores, encapuzados e armados, agrediram o empresário e levaram-no de carro. Desde então, nunca mais foi localizado.
PJ julga que a vítima foi assassinada logo nesse dia, de acordo com um plano que os suspeitos viriam a preparar há meses. Na terça-feira, a Polícia Judiciária deteve os sete suspeitos, entre os quais os três irmãos
Um dos juristas, Pedro Grancho Bourbon, era amigo da vítima e da família, frequentando mesmo as suas casas.
Na origem do crime esteve um “esquema” montado para esconder o património do pai da vítima, colocando-o assim a salvo dos credores face à insolvência das suas duas empresas de construção civil.
Luís Moreira (CP 8078)