Uma delegação de procuradores estrangeiros, incluindo de Portugal, chega a Israel na segunda-feira para investigar a morte de cidadãos às mãos das milícias palestinianas durante o ataque de 7 de Outubro.
Justiça israelita, procuradores de Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Bulgária, República Checa e Estónia serão acompanhados por representantes diplomáticos do Japão, da Austrália e da Dinamarca na sua visita às comunidades limítrofes de Gaza, onde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas fez cerca de 1.140 mortos.
Os responsáveis terão encontros com a procuradora-geral de Israel, Gali Baharav-Miara, com o procurador estatal, Amit Eisman, e com membros da equipa jurídica que defendeu Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça no processo de genocídio apresentado pela África do Sul, cuja decisão se aguarda.
A delegação também se reunirá com familiares dos falecidos no dia 07 de Outubro, “mais um passo nos esforços para estabelecer medidas legais contra altos funcionários do Hamas”, de acordo com o director-geral do Ministério da Justiça, Itamar Donenfeld, numa nota divulgada pelo jornal The Times of Israel.
O conflito em curso entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 7 de Outubro.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas.
Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns nestes ataques e, segundo Israel, 132 pessoas continuam cativas na Faixa de Gaza – 27 das quais morreram, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, tendo feito, segundo as autoridades locais, mais de 25 mil mortos e acima de 62 mil feridos.