O Ministério da Educação propõe a suspensão da professora do 2.º ano da Escola EB1 da Ortigueira, em Palmeira, acusada de bater em cinco alunos e de lhes camar “burros”, “palermas” e “estúpidos”. Maria do Céu Almeida desvaloriza a acusação. A decisão está nas mãos do Director-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
O processo, que remonta ao ano ao último ano lectivo, foi desencadeado por um pai que gravou uma das aulas. O inquérito disciplinar, a que ao PressMinho teve acesso, conclui que as condutas da docente “atentam gravemente contra a dignidade e prestígio da função”, que de “forma voluntária e consciente, violou o dever de correcção”, infracção disciplinar que corresponde a pena de suspensão.
O inquérito conclui ainda que a docente batia na cabeça, com a mão aberta, nas mãos e no rabo, tendo inclusive dado um “tautau” numa menina, porque “fazia asneiras”. A professora usaria também uma cana que usava para bater nas mesas de aula para “calar” as crianças.
Um dos alunos -lê-se no inquérito- “quando não sabia as coisas que a professora escrevia no quadro, começava a chorar” e “a professora às vezes batia-lhe na cabeça por ele chorar”, com “pouco, outras com alguma força”.
Disciplinar aula
Ao que o PressMinho apurou Maria do Céu Almeida, que vai responder à acusação, desvaloriza a situação, alegando que se limitou a impor a disciplina nas aulas, impedindo assobios, lançamento de aviões de papel e que os alunos a seu cargo se portassem mal.
O instrutor do caso escreve que contra Maria do Céu Almeida “não milita nenhuma circunstância atenuante nem agravante especiais”.
Fernando Gualtieri (CP 1200)