O Ministério Público do Tribunal de Braga está a ouvir seis docentes e funcionárias da escola EB1 da Ortigueira, em Palmeira, que accionaram criminalmente o pai de uma aluna, António Mateus, por ter gravado, sem consentimento, uma aula da professora Maria do Céu Almeida. Ao que o PressMinho soube, falta apenas ouvir uma das queixosas que se encontra doente.
O grupo entregou, também, idêntica ação crime contra a advogada do pai da aluna por considerar que permitiu que o seu cliente fizesse e divulgasse uma gravação ilícita das suas aulas do 2.º ano e incorresse num segundo crime, o de devassa da vida privada.
O advogado João Magalhães adiantou ao PressMinho que a docente, e as restantes seis, entendem que a jurista Maria Cicio Vieira devia ter aconselhado o encarregado de educação a não fazer a gravação da aula e e não divulgar o seu teor – o que agrava o suposto crime – através da comunicação social e por via da distribuição de cassetes a outros pais, à porta da escola.
Conforme o PressMinho então noticiou, o pai, face ao nervosismo que a filha apresentava ao chegar da escola, resolveu pôr-lhe um gravador na mochila, através da qual registou a aula, onde a docente proferiu expressões como “burros, estúpidos, parvalhões e patetas”, que classifica como “insultuosas” e impróprias de uma professora. O gravador apanhou, ainda aulas de outras docentes, bem como conversas com funcionárias e com outros alunos.
O progenitor queixou-se, entretanto, ao agrupamento de escolas Sá de Miranda, que está a analisar o caso e também ao MP de Braga, a quem enviou a gravação e que abriu um inquérito.
Luís Moreira (8078)