Braga foi esta terça-feira cenário da primeira greve convocada pela Frenprof e mais oito organizações sindicais, após o Presidente da República ter promulgado o novo regime de concursos que os professores não aceitam. É mais um “forte motivo para a luta”, dizem.
A jornada de luta dos docentes e educadores começou pelas 12h00, logo depois do término dos serviços mínimos, na Escola Secundária D. Maria II, momento que marcou o arranque da greve no distrito, a exemplo do que aconteceu em 19 de Janeiro passado.
Já da parte da tarde, largas centenas de professores, depois da habitual concentração na ‘Arcada’, participaram na marcha que percorreu o centro histórico até à Câmara, na praça do Município.
“Senhor ministro, para e escuta, tens os professores numa tremenda luta. Pelos alunos, pela educação, dá valor a esta acção” foi uma das palavras de ordem mais ouvida.
A contagem do tempo de serviço, a estabilidade de emprego e profissional, os problemas relacionados com a aposentação e o envelhecimento da profissão, a mobilidade por doença, as condições e horários de trabalho, e agora a promulgação do novo regime de concursos, são as razões que, desde de Dezembro passado, explica estes protestos, protagonizados, ora pelo Stop, ora pela plataforma, que reúne a Frenprof e mais oito sindicatos.
Para os professores, o novo regime, que só entra em vigor no próximo ano lectivo (2024/2025), é mais um exemplo de “falta de respeito” do Governo. O Executivo de António Costa é ainda criticado por não ter acatado qualquer das 10 propostas de alteração apresentadas pelo Presidente da República. Marcelo também não escapa às criticas por ter promulgado um novo diploma que “continua a obrigar os professores a ‘andar com a casa às costas’”.
“Agora temos mais um forte motivo para a luta”, avisam.
Fernando Gualtieri (CP 7889)
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