O Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) fez esta terça-feira um apelo ao Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) para que esta estrutura retire a greve por tempo indeterminado que está a fazer.
O objectivo é que o argumento usado pelos tribunais arbitrais para sustentar os serviços mínimos decretados, de que o protesto não tem tempo definido, não possa voltar a ser usado para limitar futuros protestos dos profissionais do sector.
O SIPE sustenta que, para todos os efeitos o STOP está a fazer greve em dias específicos, e que a greve por tempo indeterminado, feita nestes moldes em que “ninguém a pode fazer”, acaba por “ser insustentável”.
“Apelamos ao STOP que retirar as greves por tempo indeterminado, para podermos fazer greves sem serviços mínimos, porque um dos argumentos para a decretação de serviços mínimos é esse carácter indeterminado da greve”, diz a presidente do SIPE, Júlia Azevedo, em declarações à CNN Portugal.
O sindicato considera que os serviços mínimos que foram decretados para a greve de professores convocada para 2 e 3 de Março, primeiro no Norte e depois no Sul, viram a decisão ser influenciada por ‘contágio’ dos serviços mínimos já decretados para a greve do STOP, que decorre entre 27 de Fevereiro e 11 de Março.
Tal como outras estruturas sindicais, como a Fenprof, o SIPE avançou com uma providência cautelar para travar os serviços mínimos nas greves de quinta e sexta-feira. Mas a resposta deverá chegar fora de tempo, pelo que já vários sindicatos apelam a que os professores cumpram apenas 3 horas de serviço e usem um autocolante que identifique o facto de estar a fazer greve, mas obrigado a cumprir serviços mínimos.
Com Multinews