A Momento – Artistas Independentes venceu a edição 2023/2024 do ‘Programar em Rede’, promovido pelo município de Vila Nova de Famalicão, com o projecto comunitário ‘50 Cravos’ que será desenvolvido ao longo do próximo ano e resultará num espectáculo inspirado nos 50 anos do 25 de Abril.
O projecto vencedor, que será contemplado com um apoio municipal de 10 mil euros, consiste numa criação artística comunitária desenvolvida pela estrutura artística famalicense Momento, juntamente com a comunidade local, que tem como ponto de partida o 25 de Abril de 1974 em Famalicão.
“Este espectáculo não será um espectáculo-documentário do que se passou, mas sim um espectáculo para olharmos para o futuro e para pensarmos onde queremos estar daqui a 50 anos”, pode ler-se na sinopse do projecto.
O projecto comunitário ‘50 Cravos’ contará com uma residência artística de investigação para descobrir histórias, relatos, cartas trocadas entre pessoas que viveram este período histórico, com o intuito de criar um texto construído com os cidadãos famalicenses, de forma a fabricar, também, uma memória destas pessoas na própria dramaturgia.
Após a construção do enredo desta performance documental, haverá ensaios abertos à comunidade e a apresentação pública acontece no território da Comissão Social Inter-freguesias (CSIF) de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas.
A presente edição do Programar em Rede também contou com candidaturas da Associação de Moradores das Lameiras (AML) com o projecto ‘Mostr’ARTE – Inclusão Social Pela Arte’, que recebeu cinco votos dos membros do Conselho Municipal da Cultura, e do Agrupamento de Escolas de Ribeirão com ‘Costur’Arte’, que recebeu dois votos. A proposta vencedora, ‘50 Cravos’, conquistou um total de 10 votos.
O ‘Programar em Rede’ foi lançado pela autarquia famalicense em 2016 através do Conselho Municipal de Cultura e tem como objectivo envolver vários agentes culturais do concelho na concretização de um evento que se diferencie pela inovação e criatividade, pela capacidade de articulação de meios, pela mobilização e atracção de público e pela descentralização da actividade cultural.