A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) alertou, esta terça-feira, para o agravamento das condições meteorológicas nas próximas 48 horas, tendo em conta aquelas que são as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que apontam para “precipitação forte, vento forte, agitação marítima e queda de neve”. As bacias hidrográficas do Cávado, Lima e Minho estão sob alerta amarelo.
Num aviso à população, a Protecção Civil refere que, para quarta-feira, 1 de Novembro, o IPMA prevê “períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes, a norte do Cabo Mondego durante a manhã e no litoral Norte, a partir do final da tarde”, bem como “precipitação persistente nas regiões montanhosas do Minho e Douro-Litoral, podendo exceder 40 mm em 6 horas”.
É ainda esperado “vento forte, com rajadas até 70 km/h no litoral Norte e, no final do dia, com rajadas até 90 km/h no Norte e Centro” e “agitação marítima na costa ocidental, a norte do cabo Raso, com ondas de 4 a 5 metros”.
Na quinta-feira, 2 de Novembro, estão previstos “períodos de chuva, por vezes forte, a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela até ao início da manhã, passando a regime de aguaceiros a partir da manhã”. Há a “possibilidade de queda de neve acima de 1200/1400 metros de altitude”.
Prevê-se também “vento forte nas terras altas do Norte e Centro, com rajadas até 100 km/h” e “agitação marítima forte a sul do cabo Raso, com ondas de 5 a 7 metros (podendo atingir 14 metros de altura)”.
BACIAS HIDROGRÁFICAS
Citando informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a Protecção Civil inclui no aviso informação quanto à Bacia Hidrográfica do rio Minho, referindo que “o caudal no rio Minho mantém-se acima dos 800 m3/s, podendo aumentar ligeiramente se houver descargas na barragem de Frieira”.
Já quanto à Bacia hidrográfica do rio Lima, “mantém-se o estado de alerta amarelo pela possibilidade de aumento das descargas do sistema Alto Lindoso-Touvedo”.
No que diz respeito à Bacia hidrográfica do rio Cávado, “mantém-se o estado de alerta amarelo pela possibilidade de aumento das descargas da Caniçada”.
Face às previsões climatéricas, segundo a Protecção Civil, é possível que ocorram “inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro”, além de “cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras”.
A “instabilidade de vertentes” poderá conduzir “a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo”.
É ainda expectável o “arrastamento para as vias rodoviárias de objectos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública”, “piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve” e “possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima”.