O Partido Socialista está a trabalhar no processo eleitoral para as Autárquicas do próximo ano, designadamente através de contactos com o ‘Movimento Independente Amares Primeiro’, que participou nas duas últimas eleições locais. Deste trabalho preparatório resulta, para já, a garantia de que o PS poderá contar com a participação e o empenho dos principais rostos daquele Movimento Independente.
O presidente da Comissão Política do Partido Socialista, Jorge Tinoco, confirma que “a situação se afigura positiva na visão de ambas as partes”, que reconhecem “toda a vantagem na concentração e fusão destas duas candidaturas” e na “união de quadros, competências e esforços em prol do surgimento de uma alternativa à actual governação municipal, que seja forte, credível, séria e não traia a vontade do eleitorado”.
Segundo José Barbosa, que representa o grupo de cidadãos independentes nas conversações mantidas com o PS, em cima da mesa está “o cenário mais do que provável de virem a apresentar-se apenas duas candidaturas com peso eleitoral para disputar entre si a presidência da Câmara de Amares nas próximas autárquicas”, sendo uma delas a do Partido Socialista.
Isso – diz o ex-presidente da autarquia — vai permitir aos eleitores “optar mais facilmente e responder com outra clareza, na sua sabedoria e no silêncio do seu voto, se pretendem continuar com o que se vê e com o que nunca se viu num executivo como o actual, ou se preferem um rumo diferente, que corresponda com outra dignidade e outra capacidade aos desafios que Amares enfrenta e à reputação que o concelho merece por parte de quem o representa”.
Sem pretenderem avançar “para já” com o nome de candidatos, cuja escolha remetem para “tempo oportuno e nos órgãos próprios”, as partes asseguram que o importante nesta fase é “consolidar uma imensa base de apoio com todos os que não se revêem na actual gestão do município, toda ela de uma grande ambivalência e de práticas mirabolantes”.
“Com este novo projecto, pretende-se o envolvimento das freguesias num processo genuíno, sem imposições, que dê lugar a uma candidatura motivada, cheia de energia e de vontade para devolver aos amarenses a honra pela palavra dada, a fidelidade aos compromissos assumidos e o respeito pela voz soberana do povo”, acrescenta o líder socialista de Amares.
Além do interesse municipal que está em causa, há ainda um “imperativo ético que corrija o erro de alguém que se revelou desleal para com os seus apoiantes e eleitores em geral, além de impreparado para assumir com seriedade e sentido de responsabilidade o poder autárquico da câmara municipal”.
“Ante esta candidatura de unidade e fusão dos socialistas e dos independentes”, o presidente da Concelhia está confiante nos resultados positivos em consequência das diversas actividades que “vão ser desenvolvidas e que irão demonstrar a força de um grupo coeso, motivado e aberto a todos, que defenda os reais interesses da população de Amares”.
P.A.P. (CP 9420)