A Polícia de Segurança Pública recorreu à sua página no Facebook para consciencializar jovens e adultos acerca de como funciona, quais as consequências e o que fazer sobre o fenómeno da Baleia Azul.
Numa apresentação com um minuto e meio de duração, publicada na página de Facebook da PSP, as autoridades chamam à atenção para o possível carácter mortal deste desafio que pode levar os participantes ao suicídio.
“A adesão faz-se inicialmente através de conversações nas redes sociais, onde o jogo é apresentado e proposto por amigos. Posteriormente o administrador valida a ‘aceitação’ da vítima convidada e integra-a numa aplicação de conversação como o WhatsApp, através da qual passam a interagir”, escreve a PSP.
Depois disto, o ‘curador’ finge interessar-se pela vítima, envolvendo-a “numa mentira fisicamente autodestrutiva e psicologicamente desestruturante”. Se a vítima tentar desistir do desafio, o “curador amedronta-a, fazendo-a acreditar que está a ser vigiada” ou “que pode ser humilhada”. “Para aumentar o medo são enviados vídeos falsos com agressões e raptos”.
Com base no enquadramento legal, a polícia alerta também que os ‘curadores’ incorrem num dos “crimes mais graves da nossa legislação”. O “incitamento ou ajuda ao suicídio” pode levar a uma pena de prisão de até cinco anos.
Aos pais, professores e colegas a PSP pede atenção a qualquer um dos possíveis sinais decorrentes da participação nos desafios da Baleia Azul, como “desenhos de baleias”, cortes ou “actividades a meio da madrugada”.
A polícia deve ser informada aquando da verificação destes casos que devem afectar em maior escala, como escreve a PSP, “os jovens com tendências depressivas”.
Em Portugal já foram abertas quatro investigações sobre casos relacionados com o desafio da Baleia Azul.