“Aquele que organizou e preparou a rebelião militar traiu a Rússia e vai responder por isso”, declarou Putin, durante um discurso à nação transmitido pela televisão pública.
O chefe de Estado russo declarou que esta traição foi provocada por “ambições desmesuradas por interesses pessoais”.
Putin não identificou Prigozhin pelo nome e quis distingui-lo das forças do grupo Wagner, pedindo “àqueles que foram pressionados a provocar esta rebelião militar” para depor as armas, no que denunciou como uma “punhalada” nas tropas russas e no povo.
“As nossas acções para defender a pátria desta ameaça serão muito duras e os responsáveis serão levados à justiça”, afirmou o presidente russo, que, no entanto, confirmou que a situação em Rostov é “difícil” e que as suas forças estão a tentar agora estabilizar a situação.
Putin afirmou ainda que a rebelião do grupo Wagner é um “ameaça mortal” ao Estado russo e garantiu que não vai “deixar” uma “guerra civil” acontecer, apelando à “unidade”.
AMEAÇA MORTAL
O chefe de Estado russo afirmou que o país está a travar “a batalha mais difícil pelo seu futuro”.
“Qualquer turbulência interna é uma ameaça mortal ao nosso Estado como nação; representa um golpe para a Rússia, para o nosso povo e para as acções que estamos a tomar para proteger a nossa pátria”, sustentou.
“Esta batalha, quando o destino do nosso povo está a ser decidido, requer a união de todas as forças, união, consolidação e responsabilidade. Uma rebelião armada num momento como este é um golpe para a Rússia, para o seu povo”, disse.
O Presidente russo lembrou que algo semelhante aconteceu em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, quando “roubaram a vitória” à Rússia através de “intrigas, fofocas, politiquices pelas costas do povo” que levaram à desintegração do Estado e à perda de enormes territórios.
“Como resultado, a tragédia da guerra civil, russos matando russos, irmãos matando irmãos, enquanto vários aventureiros políticos tiravam vantagens pessoais e forças estrangeiras despedaçavam o país. Não permitiremos que isso aconteça novamente, defenderemos o nosso povo e o nosso Estado de qualquer ameaça”, acrescentou.
Com TSF e SIC Notícias